quinta-feira, 11 de janeiro de 2018

Papa batiza 34 bebês e pede que famílias ensinem “dialeto” do amor




Cidade do Vaticano, 08 jan 2017 (Ecclesia) – O Papa presidiu hoje na Capela Sistina, do Vaticano, ao Batismo de 34 crianças, 18 meninas e 16 meninos, na maioria filhos de funcionários do Vaticano, e pediu que pais e padrinhos lhes ensinem o “dialeto” do amor.
“A transmissão da fé só se pode fazer em dialeto, no dialeto da família, no dialeto do papá e da mamã, do avô e da avó”, declarou.
Francisco, que improvisou a sua homilia, sublinhou que no crescimento da fé destas crianças chegará um tempo para a catequese, com “ideias e explicações”, mas só será possível um verdadeiro desenvolvimento se em casa “os pais falarem o dialeto do amor” e o transmitirem.
Na tradicional Missa da festa do Batismo do Senhor, que encerra o tempo litúrgico do Natal, o Papa traçou o sinal da cruz na fronte de cada criança, gesto repetido pelos pais e, a pedido do pontífice, pelos irmãos dos meninos e meninas.
“Caros pais, trazeis os vossos filhos ao Batismo e este é o primeiro passo. Cumpristes a missão da transmissão da fé”, disse. Francisco insistiu na necessidade de transmitir esta fé “com o dialeto do amor” em cada casa e em cada família. O Papa gracejou com o choro e o barulho habitual dos bebés, sublinhando que “basta que um dê o tom para que a orquestra prossiga”
“Não nos podemos esquecer desta língua das crianças, que falam como podem. É a língua de que Jesus gosta muito. E, nas vossas orações, sede simples como elas”, recomendou à assembleia. Esta foi a quinta vez no atual pontificado que Francisco presidiu à Missa na Capela Sistina na festa do Batismo do Senhor (celebrada esta segunda-feira em Portugal).
À imagem do que aconteceu nas anteriores ocasiões, o Papa teve uma palavra especial para as mães, para deixá-las à vontade caso tivessem necessidade de amamentar os filhos. “Se eles começarem a chorar, é porque estão com calor ou não estão confortáveis. Se tiverem fome, amamentem-nos sem medo, deem-lhe de comer, isso também é uma linguagem de amor”, concluiu.
O rito do Batismo prosseguiu depois da homilia, prolongando-se por vários minutos. Após a Missa, o Papa presidiu desde a janela do apartamento pontifício à recitação do ângelus, convidando os peregrinos e visitantes reunidos na Praça de São Pedro a pensar no seu próprio Batismo.
“A festa do Batismo de Jesus convida cada cristão a fazer memória do seu próprio Batismo. Esquecê-lo seria expor-se ao risco de perder a memória do que o Senhor fez por nós”, advertiu. Como aconteceu noutras ocasiões, o pontífice interrogou os presentes sobre a data do seu Batismo e convidou todos a procurar conhecer esse dia, para “o ter na memória” como um dia de “festa”.
“É a data do grande perdão. Não se esqueçam”, apelou. Francisco assinalou que, no Natal, os católicos celebraram a “disponibilidade de Jesus para mergulhar no rio da humanidade”, assumindo as “falhas e fraquezas dos homens”. No Batismo de Jesus, observou, surge como protagonista o Espírito Santo, “que transmite a ternura do perdão divino”.
“Graças ao Batismo somos capazes de perdoar e de amar quem nos ofende e faz mal; conseguimos reconhecer nos últimos e nos pobres o rosto do Senhor que nos visita e se faz vizinho”, acrescentou o Papa. A intervenção evocou a cerimónia que decorreu na Capela Sistina, invocando sobre todas as crianças recentemente batizadas “a proteção materna da Mãe de Deus”.
“Desejo a todos um bom domingo e um bom caminho no ano agora iniciado, graças à luz que Jesus nos deu no seu Natal”, disse, ao despedir-se dos peregrinos.
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